terça-feira, 30 de agosto de 2011

Se foi...





Tanto corremos, tanto fizemos,
até que você se foi...
Tanto tanto, que de tanto ter,
não mais tenho.


Esteve comigo no sol ou na chuva,
na praia, no barro solado ou asfalto.
Melhor verão ou no pior inverno,
oscilante misto de confortável e desajustado.


Tanto te pisei, tanto suportou
ao tempo durou, ate o fim permaneceu.
Distancias incalculaveis percorremos, 
exorbitantes imensuraveis dividendos, se financeiro.


mas voce se foi...


Tanto te usei, tanto te esqueci, tanto te larguei...
na piscina, no quarto, na escada.
Tantas vezes procurei não achei, 
dessa vez diferente te encontrei, inócuo na sacada.


Seu adeus foi em silencio, 
o caminhar de repente não era o mesmo,
evidenciava o desfecho do reticencio,
a certeza serena do que viria ser a esmo.


Senti no peito um aperto
os lugares que nunca estivemos
com a sua partida prevejo
que nunca mais poderemos, nem pisaremos.


Alem do possivel, aquém do esperado
de fato exaurido , agora não se sinta mais.
Te deixo em paz e compreendo calado,
que os novos também sejam excepcionais.

                                              José Arnaldo


ps: é um texto particular implícito.
Alguém se arrisca?


















resposta: meu chinelo

2 comentários: