terça-feira, 28 de junho de 2011

O Caminho Polimorfo

Pare, pense, reflita e me diga
Quantas bocas tocaram seu labios?
das que tocaram, quantas você realmente sentiu?
Quantos corpos foram teus, mas quais você realmente se entregou?


Aquela musica que traz recordações,
talvez hoje não mais faça sentido para outrem...
Aquele sorriso que um dia foi tão sincero,
hoje não passa de memoria estatica.
As juras de amor eterno se perdem, dão espaço a uma mente inquieta,
do inconformismo do que um dia foi, 
do que não restou,
do que partiu, e não findou
do passado que não passa,
do ontem que ainda é hoje,
para alguém.


O acaso se faz presente,
a absoluta realidade que a vida em  verdade vos engana.
A incerteza do que não foi certo, 
a experiência que não edifica.
O querer que não consegue,
o não querer que prevalece.


A vida que segue seu fluxo,
trajetos opostos, de caminhos que se cruzam.
Destino onipresente, que não trouxe um futuro
ficando no passado as lembranças,
e o orgulho.


Pra quem foi, de quem ficou
de quem se perde, pra quem foge
do querer de quem não quer...
Pras mentiras que foram ditas
a sinceridade de quem as viveu.


                                                                            Jose Arnaldo

sábado, 25 de junho de 2011

10 Estabilizado


Penso em tudo, todo atrapalhado
Tudo de um vez, 
pensando, girando... parado!
Como se fosse ganhar um nome na camiseta, assim sem pensar,
sem motivo, ou abarrotado
Sinto, às vezes tudo errado, às vezes errando tudo o que sinto
Sempre perdendo alguma coisa, ou alguém...
Sempre buscando, mas nem sempre.

Falar ao silencio, olhando sem ver
querendo ficar, de partida sorrir
querendo...
nao querer.

Ouvir sem falar, emitindo olhar
viver e caminhar, sentir o tempo correndo
Sem caminho certo, sem percurso errado
A brisa da manhã é a beleza do novo dia
o entardecer, nostálgico e incerto
A noite é a certeza, 
do que se deixou pra trás
e que talvez não haja o depois.

De onde eu venho, ou  pra onde eu vou
nao se faz necessário um legado.
Não há corretos ou erroneos
gramatica, gerundios, sinominos.

Apenas versos
que sem motivo
talvez façam algum sentido...
                                                                 
                                                                              José Arnaldo